quarta-feira, 30 de setembro de 2009



O KID RESPONDEU. E COMO RESPONDEU !!!!!!
(SEM COMENTÁRIOS )

Baixem a cena :
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Madtapes online é imparcial

Para quem ainda não sabe,Dj Samurai é uma referência obrigatória na cena “Rap da nossa bandula”.Quem não se lembra do programa que o mano tinha na LAC?Um espaço radiofónico que rebentava com a audiência da Cidade Capital e arredores.

Este velho militante do movimento terá de certeza uma página dedicada a sí quando um dia as gerações que nos procederem resolverem documentar a história do Rap Angolano.

Dj Samurai que também é o dirigente da label “madtapes”, esclareceu, numa curta entrevista á este blog ,que existe uma grande diferença entre a Madtapes editora e a Madtapes online, um site que serve para promover acima de tudo o hip-hop nacional, independentemente dos estilos, e prometeu que brevemente outros artistas sairão pelo carimbo da sua editora, mas preferiu não avançar nomes porque o processo se encontra ainda na fase de negociações.

AlternativoRap: Então a Madtapes está sempre em movimento?

Samurai: O hip-hop não pode parar. Há que pôr sempre cenas novas no mercado, para o hip-hop não morrer e estamos aqui no Elinga para isso vender as “Breves considerações” do Kid MC.

A: O Kid MC parece que se tornou no filho amado e único da Madtapes. Já passa um ano que lançou o álbum “Caminhos”, e vem mais com uma mixtape hoje e no próximo ano lança o segundo álbum a solo. A madtapes não tem outros artistas…?

Samurai: Tenho outros artistas, mas o que acontece é que já tinha a venda da mixtape agendada desde há muito tempo. Estava programado lançar o “Caminhos” e depois de um ano lançar a mixtape e por sua vez no ano seguinte (2010) lançar o segundo álbum de Kid MC, neste caso o “Incorrigível”. Estamos apenas a cumprir com a nossa agenda uma vez que ainda não tínhamos outros artistas novos. Só agora é que estamos a conversar com eles, para lançar álbuns pela Madtapes, e a qualquer momento sai a notícia de que o mc “tal” lança o álbum pela minha editora, mas ainda não posso avançar nomes porque estamos apenas numa fase de conversações. Tudo isso para dizer que nós não trabalhamos apenas com o Kid Mc.

A: E foi difícil o lançamento dessa mixtape?

S: Não.Como vocês puderam ver, a promoção de uma Mixtape não se compara com a de um álbum. Apenas queríamos dar a possibilidade de o pessoal vir aqui ao Elinga e facilmente adquirir a cena, porque meter nas lojas muitas vezes é complicado. É um disco como outro qualquer.

A: Vendido a 1000 AKZ?

S: As pessoas têm saber uma coisa em relação a produção de discos. Há que valorizar o artista nacional, em primeiro lugar. Segundo, o disco custa 1000 AKZ porque esta não é uma mixtape caseira. É isso que acontece, o pessoal compra a 500 AKZ as mixtapes que o pessoal grava em casa, mas este foi editada em fábrica. Fizemos uma edição limitada de 1000 cópias e isso tem um custo de produção como o de um outro disco qualquer feito em fábrica.

A: O Samurai vê o Kid como um artista promissor no hip-hop angolano?

S: Bem, o Kid está a começar apenas, e temos planeado o desenvolvimento da sua carreira. Já temos muitos projectos escritos a vir depois do álbum “O incorrigível”, mas, como disse, nós ainda estamos numa fase inicial. É do nosso interesse e do interesse do Kid MC mostrar evolução cada projecto que sair. O que eu vejo daqui para frente é evolução. É tudo que posso dizer em relação ao Kid.

A: A vossa relação está boa apesar da suposta confusão por ter postado o beef do Tafinha?

S: As pessoas confundem as coisas. Há Madtapes editora e há a Madtapes online. Se já repararam, isso para os que frequentam o blog, eu tenho além de tudo que promover o hip-hop nacional, e se não fosse assim só teríamos coisas da Madtapes lá, mas felizmente isso não é verdade. Dou oportunidade a todos artistas, sendo eles identificados como “meinstream”, ou como “underground “. Ao procurar elevar o hip-hop nacional, é claro que eu deva ser imparcial, acima de tudo. Veio o beef do Tafinha contra o Kid Mc e eu tinha de postar e, já agora, isso não me interessa e não tenho a mínima vontade de continuar a falar sobre esse assunto. Se o pessoal curtiu bué o som, porque é que não ponho no blog?

A:Deixou de fazer vídeos?

S: Não, é uma questão de tempo. Se realmente eu decidir dedicar á direcção e realização de vídeos, será muito difícil para mim, porque este é um ramo em que infelizmente ainda não se percebe nem se valoriza o trabalho de um realizador. Vê que as pessoas querem pagar mil dólares, ou 2000 USD por um vídeo, e não sabem o trabalho que está por trás da produção de um vídeo, por isso prefiro dedicar-me mais ao designer. Claro que vou fazendo uns de quando em vez, mas mais por gozo, embora às vezes atenda alguns pedidos de pessoas que valorizam o meu trabalho, como é o caso do vídeo do Yanick, “1,2,3”. Mas também as pessoas não devem confundir qualidade com quantidade. Nós não somos obrigados a fazer três vídeos por mês. Isto também é uma arte e a coisa sai conforme a inspiração.

Sebastião V (O repórter alternativo)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009


Kid MC em “Breves considerações”

Ao contrário do que muitos esperavam, o ataque do Dji Tafinha ao Kid MC pouco ou nada influenciou na relação deste rapper com o seu público. Depois de uma performance em grande na Arena Atlântica, Kid MC saiu-se muito bem na venda da sua mix-tape, “Breves considerações”, onde traz as passagens que não saíram no álbum “Caminho”.

“O álbum acima referido teve 18 faixas e seria complicado ter um álbum com 25 faixas ou mais ,então preferi pôr 18 faixas”.

Kid MC, que pretende lançar álbuns de 2 em dois anos disse que a mix servirá para manter a comunicação entre si e o público que muito ansioso está em ouvir este produto esperando algum BEEF direccionado ao DJI Tafinha. No entanto, apesar de o disco trazer músicas de combate, “por ser basicamente uma mixtape de demonstração de skill”, Kid Sebastião disse que o problema com o seu “agressor” já foi estancado, mas não existe mais nenhuma relação entre si e Dji Tafinha.


“O que aconteceu foi apenas o fim do problema. Ele continua a ser o Tafinha e eu continuo aqui como o Kid MC, claro, mandando sempre breves considerações”, finalizou o “MC de Raiz”.

Sebastião V

foto cedida pela MadTapes

terça-feira, 15 de setembro de 2009


NOS TEMPOS DE TALMUD-APENAS 16 BARRAS

Ao contrário do que muitos possam imaginar, este mano já faz Rap a muitos anos. E apesar da sua pouca aparição (por opção),já é relativamente conhecido do nosso pessoal por ter uma linha musical que lhe é muito característica e que por sinal está bem familiarizada.

Glad,como é carinhosamente,tratado pelos mais chegados é um dos mais inteligentes Mcs que eu conheço.Possuidor de uma escrita repleta de metáforas,abordagem profunda dos seus temas e uma voz que nos aprisiona este Mc que também é professor, desde sempre mostrou-se muito mais interessado na composição dos seus temas do que nas luzes dos grandes palcos. Prova deste facto, reside no seu primeiro EP com o nome “Cogitação” que foi lançado alguns atrás.

E a sua mais recente Mixtape (NOS TEMPOS DE TALMUD,APENAS 16 BARRAS),veio confirmar o facto de que Glad é mesmo um Mestre de Cerimónias na verdadeira acepção do termo,embora as vozes dos abutres e carniceiros que sempre estão á espreita, esperando a oportunidade de (DES)MORALIZAR o trabalho de quem luta se levantem contra tal facto. O ORGANOYD NÃO É UM MC QUALQUER!

Mas como diz o velho ditado “A caravana passa,enquanto cães ladram”,Glad caminha firme,abraçando o som mais alternativo,mais informativo não se deixando influenciar pelas bocas que gritam caladas.

Deixo-vos com esta Mixtape, que para mim é uma das melhores que já saíram e espero que a minha opinião não influencie na vossa decisão. Os gostos não se discutem e espero que o relativismo esteja patente nas vossas escolhas. Um abraço e até breve !

Artista:Glad tcc Organoyd SS
Label:MUM
Ano
:2009

1.Organoyd ss-Quando tudo desmorona
2.
Organoyd ss-Chi va piano va sano
3.
Organoyd ss-Não Temas
4.Organoyd ss-Bajulador
5.
Organoyd ss-Onde viste tolice eu vi sapiência
6.
Organoyd ss-O Retrato
7.
Organoyd ss-O Sacerdócio
8.
Organoyd ss-Deixem-me Falar
9.
Organoyd ss-O tempo deixou-me
10.
Organoyd ss-Avisa-os
11.
Organoyd ss-Apenas Isto
12.
Organoyd ss-Colectivo
13.
Organoyd ss-Rimas soam como harpa de Davi
14.
Organoyd ss-O Dom supremo

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sábado, 5 de setembro de 2009

EM BUSCA DA VIDA...


Mano Paulo, de Benguela, rumou para a Luanda à procura de melhores condições de vida. O brada faz manicure e pedicure (pinta unhas). Segundo contou ao “Alternativo rap”, a pintura custa completa (membros inferiores e superiores) custa 500 KZ. O salu garante-lhe o sustento diário e dá para fazer algumas economias para não voltar de bolsos vazios a terra do “Ndombe Grande”.


Temos também as kotas que não nos deixam morrer a fome, embora tenhamos de pagar o pitéu. O prato (batatas fritas, salada e churrasco), muito procurado pelo pessoal que vive nos arredores do Morro Bento e pelos que por aí passam em direcção à praia também custa 500. Os que compram dizem ser gostoso. Força para esses batalhadores.


Por: Sebastião V (Repórter alternativo).



O INOVAR DE UM MC

Como jornalista, procurei neste blog fazer matérias mais noticiosas e menos opinativas, no entanto, antes mesmo que eu dite a regra quero transgredi-la, para dizer que Mono é um dos rappers da minha geração ( a nova geração”, que põem o hip-hop em movimento, não se limitando a chamá-lo apenas de “movimento hip-hop”.

Este mestre de cerimónias tem tudo para ser um grande rapper, aliás, para mim já começou a sê-lo, tudo porque sempre lutou pela independência ideológica e financeira para uma melhor qualidade do seu trabalho. Hoje tem um estúdio de gravação áudio e com mais mc’s criaram o Movimento Underground do Morrão que editou o seu novo single “Inovação”, lançado no passado dia 29 de Agosto no bairro onde reside, Morro Bento.

Mas este não foi o primeiro single deste artista. Em 2003 Mono lançou o primeiro. “Acho que as coisa acontecem assim devido às condições”, disse Mono e justificou-se: “na altura quis pôr em prova as minhas habilidades, e consegui de facto ver como é que eu estava. Os anos foram passando e eu achei melhor tirar uma cena experimental, por causa do desenvolvimento, acho que o ser humano está sujeito a isso”.

Este novo single, segundo o artista, é promocional ao seu álbum a sair brevemente pela MUM, mas antes serão criadas algumas condições técnicas e artísticas. “O álbum com certeza que vai sair, mas não neste ano. A MUM pretende criar mais condições, de modo que o produto saia com melhores condições também”, disse e continuou “embora o single já espelhe alguma qualidade, gráfica e sonora, a nossa intenção é melhorar ainda mais”, acrescentou Mono, feliz pela presença em massa dos amigos e admiradores do seu trabalho. “O pessoal está todo aqui a dar-me a força que muito preciso. Estou muito feliz por isso”.


A MUM não está limitada simplesmente ao bairro Morro Bento. Segundo os integrantes desta crew, a organização existe para dar força a qualquer MC que tenha uma boa obra e esteja disposto a mostrá-la para ser avaliada e editada caso tenha a qualidade artística necessária. “O Movimento Underground do Morrão está aqui para divulgar as cenas independentes”.

Por:Sebastião V(Repórter Alternativo)



O RENASCER DAS CINZAS

À entrada estava o panfleto da actividade e tantos outros que anunciavam os eventos no local. Já dentro, o ambiente era encantador. “O espaço e a cultura”, lia-se no local em que os “produtos brutos”, a música e a cultura Hip-hop eram expostas. Pablo O Samaritano, Movimento Underground do Morrão (MUM), Madtpes, Zoológiko Produsons e Tião MC eram dentre outros os expositores. O público, confuso de tentas opções de escolha, movimentava de uma bancada para a outra enquanto pedia esclarecimentos aos “comerciantes” undergrounds.


Enquanto isso, a música não parava. DJ Pelé e Samurai eram os toca-discos do momento que punha o público ávido pelo início do show a delirar com as misturas e scratchs. Infelizmente, no auge dos aplausos aos scratchs e misturas dos toca-discos o som parou. O que houve, corte de luz? Não. Problema com a aparelhagem? Também não. O pior aconteceu. O som parou sob ordem policial, devido a ausência de autorização para actividade. E segundo o comandante da esquadra policial da Mutamba, tinha havido uma ordem superior e nada podia fazer para o show continuar. Felizmente, sabe apenas Deus como, o espectáculo continuou e tudo correu na paz.

Houve alguns cortes de energia. San Calea em palco teve o azar de a luz “tirar o pé”, mas felizmente este MC manteve a calma e conseguiu entreter o público enquanto os técnicos consertavam o “power…”. Outros MC entraram em palco. Grand L, aos 30 de idade cantou para um público que soube reconhecer o seu percurso ao longo deste anos todos na cultura hip-hop underground.


Para este músico e produtor, a actividade “foi fixe porque artistas como nós que têm pouca exposição nos medias, um evento como esse é sempre bem-vindo para que exponhamos a nossa arte”, disse o também técnico de informática.


Por outro lado, continuou Leonardo Wawuti, como são poucas as plataformas de encontro para os artistas do seu género com o público, iniciativas como esta servem essencialmente para este fim. “Assim consigo estar mais próximo do pessoal que consome a minha música, sentir a reacção ao meu trabalho e uma actuação ao vivo tem um grande significado para qualquer músico”, disse e finalizou: “de qualquer forma este movimento ainda está vivo”.


Por sua, Waldemar ou “Emo” como é chamado pelos rappers,disse “já era sem tempo haver uma actividade como esta, porque durante muito tempo o movimento underground se tornou caseiro, a gente curte muito as cenas em casa, com o papel e os fones, agora, numa cena como esta, já é possível avaliarmos o que andámos a preparar em casa”, disse este militante do underground felicíssimo pela actividade. Para “Emo”, o show não foi apenas uma actuação musical, mas sobretudo manifestação de cultura e muita troca de ideias. “A música é tudo e isso, mas em resumo, a música é partilha”.


Sr. Gnose, um dos artistas convidados, disse antes de subir ao palco que apesar de o evento ter acontecido numa altura pouco saudável da sua vida, “ainda estou a tomar alguns compridos”, Estava ali para dar a devida força, “porque é disto que nós precisamos para que então todos reergamos das cinzas”.


Cf kappa, aos 16 anos de idade, foi um dos artistas mais aplaudidos no show e disse sentir-se feliz ao saber que o trabalho que faz é reconhecido, mas salientou: “não é o que procuramos, quanto aos reconhecimentos, mas é sempre bom sentir esse tipo de reacção em relação ao público. È bom saber que o meu trabalho está a ser consumido e bem recebido”.


Pelo palco passaram outros MC não menos importantes, como Flagelo Urbano que junto de Cosmopolita P2 a lhe fazer os “backs” deixou o público ao rubro; Kool Kleva, Kid MC, MoNabi (apesar da baixa perfomance) … E assim foi mais um show da Masta K, em alusão ao primeiro aniversário do programa radiofónico Circuito Fechado. Estamos a espera do próximo show MCK.


Por: Sebastião V.(Repórter Alternativo)

FOTO:Samurai